CÓDIGO DE CONDUTA
Código de Ética e de Conduta Ambiental
CAPÍTULO 30 – AGENDA 21
“Earth Summit 92” ou “Eco 92”
O plano de ação aprovado pelos Chefes de Estado presentes à Conferência das Nações Unidas, realizado no Rio de Janeiro de 3 a 14 de junho de 1992, considerou que o melhor meio para se atingir as metas de Desenvolvimento Sustentável seria o desenvolvimento, adoção e implementação pelas indústrias de Códigos Voluntários de Conduta Ambiental.
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Roteiros de Charme Associação de Hotéis Código de Ética e de Conduta Ambiental
Os Hotéis, Pousadas e Refúgios Ecológicos que fazem parte desta Associação, reconhecendo a necessidade da preservação do meio ambiente para sobrevivência desta e das gerações futuras, considerando que os princípios fundamentais do ambientalismo estão intimamente ligados aos conceitos modernos de eficiência, se comprometem a adotar as posturas ambientais contidas neste Código de Ética e de Conduta Ambiental, que procura um objetivo comum e não o conflito entre a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento econômico.
1. Implementação
1. 1. Assegurar o apoio e participação dos principais sócios, diretores e gerentes na implementação deste Código e possibilitar acesso ao programa a todos que prestam serviços à empresa.
1.2. Incorporar os princípios ambientais às práticas administrativas e aos programas de treinamento do pessoal, que deve ser educado para exercer suas atividades de modo ambientalmente responsável .
1.3. Nomear um responsável geral pela gestão ambiental da empresa e designar um responsável para cada aspecto fundamental do programa: energia, água e resíduos.
1.4. Definir as metas ambientais a serem cumpridas, estabelecendo prioridades e prazos para sua aplicação, de acordo com os equipamentos e instalações existentes, localização e condições econômico financeira da empresa.
1.5. Monitorar o progresso do programa e informar aos participantes sobre os resultados alcançados em reuniões periódicas.
1.6. Incentivar a todos que trabalham na empresa a colaborar com o programa, envolvendo inclusive as famílias em concursos de preservação ambiental, premiando os de melhor desempenho.
1.7. Identificar e reduzir o impacto ambiental, no planejamento de novos projetos e construções, visando a preservação do cenário, fauna, flora e cultura locais.
1.8. Fazer um check-list de todos os equipamentos, dos quartos, banheiros e demais dependências, verificando se há impactos ambientais desnecessários ou desperdício de energia e água.
1.9. Controlar e diminuir o uso de produtos adversos ao meio ambiente como asbestos, CFCs, pesticidas e materiais tóxicos, materiais corrosivos, infecciosos, explosivos ou inflamáveis.
1.10. Respeitar os locais e objetos religiosos e históricos, a população local, sua história, tradição e cultura.
1.11 . Minimizar os riscos de impactos ambientais negativos por parte dos hóspedes e visitantes:
(i) colocando à sua disposição informativos preparados pelo hotel e literatura, sobre a região, fauna, flora e cultura local; (ii) reduzindo o tamanho dos grupos; (iii) evitando horários de maior concentração de visitantes; (iv) evitando visita à áreas ambientais não supervisionadas; (v) instruindo os guias para tomarem ações corretivas.
1.12. Implantado o sistema, informar aos hóspedes sobre a adesão do hotel ao programa de proteção ambiental, deixando claro que o sucesso desta iniciativa dependerá, também, da participação dele, e convidando, àqueles que demonstrarem maior interesse, a fazer uma lista de suas observações quanto a impactos ambientais ainda existentes e que, eventualmente, podem ser evitados.
2. Energia
2.1. Conscientização geral da necessidade de economizar energia palavra de ordem que deve constar de todos os manuais administrativos e operacionais da empresa.
2.2. Instituir uma força tarefa de Conservação de Energia, que inclua o Gerente Geral, o responsável no programa ambiental pelo item energia, o chefe da manutenção, e um representante de cada setor da empresa.
2.3. Desenvolver um plano de ação setorial estabelecendo uma data limite para a implantação das ações sem custo e um cronograma de investimentos e de implantação para as ações de baixo custo.
2.4. Desenvolver cronograma de investimento e de implantação para as ações, que apesar de seu custo aparentemente elevado, possam incrementar a conservação de energia e conseqüente redução de custos, priorizando os de maior rapidez no retorno do capital investido.
2.5. Utilizar energia alternativa (solar e eólica), que deve ser incorporada, sempre que possível, no planejamento das novas construções e instalações.
2.6. Evitar aquecedores elétricos individuais.
2.7. Utilizar sauna e aquecimento a lenha onde for apropriado.
2.8. Utilizar equipamentos reguladores de consumo de energia.
2.9. Reduzir a iluminação supérflua, com a instalação de controles automáticos como: temporizadores ou sensores de presença, nas áreas de pouco tráfego, pequenos espaços e em áreas operacionais, e de células foto elétricas, nas áreas externas.
2.10 Substituir as lâmpadas convencionais pelas de baixo consumo, iniciando nas áreas que permanecem iluminadas por perídos mais longos e constantes.
2.11. Reduzir o consumo indireto de energia, oferecendo produtos naturais produzidos na região, especialmente vegetais.
3. Água.
3.1. Avaliar a eficiência do seu hotel quanto ao consumo de água, considerando que dependendo da eficiência no uso das instalações o consumo de água pode variar de 60 a 220 m3 cama/ ano.
3.2. Estimar o consumo de água nos banheiros dos hóspedes, cozinhas, lavanderia, demais áreas de serviço, jardins e piscina.
3.3. Verificar as melhores opções para economizar água, estimando o custo e economia potencial.
3.4. Instalar medidores de consumo nos locais de maior uso.
3.5. Evitar a troca desnecessária de roupa de banho, deixando à decisão dos hóspedes quando esta deve ser mudada.
3.6. Incentivar a participação dos hóspedes no programa de redução de consumo de água com aviso de que se a colaboração dele é boa para o hotel é melhor ainda para o meio ambiente.
3.7. Coletar e utilizar a água da chuva, sempre que possível.
3.8. Verificar com freqüência a existência de vazamentos inclusive nas piscinas.
3.9. Usar detergentes de menor impacto ambiental e parar de usar desinfetantes e outros agentes químicos desnecessários.
3.10 Desenvolver um plano de ação setorial estabelecendo uma data limite para a implantação das ações sem custo e um cronograma de investimentos e de implantação para as ações de baixo custo.
3.11. Desenvolver cronograma de investimento e de implantação para as ações, que apesar de seu custo aparentemente elevado, possam reduzir o consumo de água e conseqüente redução de custos, priorizando os de maior rapidez no retorno do capital investido.
3.12. Incluir na programação de investimentos a médio e longo prazo:
(i) substituir por duchas e equipamentos de baixa pressão os chuveiros e vasos sanitários; (ii) instalar sensores infravermelho de presença nas pias; (iii) substituir o tratamento tradicional de cloro e algicidas por equipamentos de ionização da água.
4. Resíduos sólidos e efluentes
4.1. Adotar, em todos os procedimentos administrativos e operacionais, os “3 Rs” : da consciência ambiental: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
4.2. Identificar todas as atividades e locais que geram resíduos sólidos.
4.3. Eliminar a queima indiscriminada de lixo e pastos e cessar com o desmatamento e desflorestamento ambientalmente irresponsáveis.
4.4. Evitar o uso de produtos descartáveis, tipo “one way”.
4.5. Analisar o “fluxo” dos resíduos sólidos no Hotel, identificando os principais componentes do lixo produzido: vidro, papel, plástico, matéria orgânica, etc.
4.6, Analisar a demanda por materiais recicláveis (sucateiros, “catadores” de papel, vidro, alumínio e instituições de caridade).
4.7. Identificar os seguintes aspectos ligados ao lixo:
(i) quais materiais são recicláveis; (ii) como devem ser coletados – separados ou misturados; (iii) as quantidades mínimas que interessam aos “catadores” e outros.
4.8. Determinar pessoal, local, recipientes e equipamentos necessários para a coleta, armazenamento temporário e encaminhamento/descarte dos resíduos.
4.9. Desenvolver um Plano de Ação, com um programa de fácil compreensão, levando em consideração regulamentações locais, a ser implementado gradualmente, no qual são estabelecidas metas a serem alcançadas a curto, médio e longo prazo.
4.10. Procurar a participação dos vizinhos, compartilhando o local de estocagem e seus custos, quando possível, propiciando atingir volumes que reduzam tempo e periodicidade da coleta.
4.11. Criar um programa de reciclagem de fácil assimilação e aceitação por parte dos dos usuários, mediante clara identificação dos recipientes de lixo, com indicação do tipo de material a ser acondicionado nos mesmos e a colocação do número adequado de recipientes em locais apropriados.
4.12. Envolver os hóspedes no programa, incentivando-os a dele participar através de informativos do hotel.
4.13. Para os novos projetos situados nas regiões não atendidas por rede de esgoto municipal, dar preferência a instalação de fossas ecológicas.
4.14. Adicionar bactéria consumidora de material orgânico à fossa tradicional minimizando o impacto ambiental.
4.15. Eliminar qualquer vazamento de esgoto não tratado ou químicos prejudiciais a saúde, no mar, rios e, principalmente, perto de nascentes de água e reservatórios de água.
4.16. Estabelecer procedimentos e monitorar o vazamento de produtos químicos e óleos estocados.
4.17. Monitorar a qualidade da água usada descarregada fora das fossas e do sistema de esgoto.
4.18. Cuidar que o CFCs sejam recolhidos dos equipamentos descartados, dando uma destinação final adequada aos mesmos.
4.19. Eliminar as fontes de ruído tomando as ações necessárias para eliminar a poluição sonora, principalmente, à noite.
4.20. Incluir na programação de investimentos a médio e longo prazo:
(i) instalar filtros de carbono nos exaustores da cozinhas e equipamentos para tratamento da água; (ii) substituir os gases refrigerantes por tipos que não prejudiquem a camada de ozônio.
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Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1987 Desenvolvimento Sustentável Satisfação das necessidades do presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras.